sábado, 30 de novembro de 2013

Personal Taste (resenha)


Sinopse: Jeon Jin Ho é um cara hetero que finge ser gay para poder dividir a casa com sua amiga, Park Gae In. Seus hobbies incluem arrumar as coisas e passar roupas, e também é conhecido por agir de forma diferente do que pensa. Ele é fanático por limpeza, mas também tem um grande talento para descobrir o que as mulheres estão sentindo. Kae In confia muito nas pessoas, apesar de já ter sido traída. Apesar disso, ela sempre dá às pessoas o benefício da dúvida e com Jin Ho não é diferente. Como Gae In irá reagir quando descobrir que seu companheiro de quarto não é gay e que ele se apaixonou por ela?

Resenha: Ano passado eu descobri, graças a uma amiga, um dos meus maiores vícios. Uma coisa chamada dorama. Não sabe o que é? Tudo bem, eu explico. É muito simples, doramas são novelas asiáticas. Japão, China, Coreia do Sul, Tailândia, Taiwan, todos eles fazem doramas. Porém, enquanto as nossas novelas passam todos os dias e possuem não sei quantos capítulos, os dos meus queridinhos asiáticos possuem em média 16 episódios. Acredito que se assemelham mais aos seriados americanos. A diferença é que a grande maioria possui apenas uma temporada. Os temas são bem variados, então, tem diversão pra todos os gostos.

Como primeira resenha, resolvi escrever um pouquinho sobre Personal Taste, um dos meus preferidos e uma dica para quem nunca assistiu nenhum, mas quer começar pra saber como é.

Já tive o prazer de assistir duas vezes e consegui rir mais da segunda vez do que da primeira. É uma história leve, cômica, romântica e com uma pitada de drama. 


A protagonista é uma mulher na casa dos 30 (se não me engano) que mora com uma amiga. Logo no inicio ela leva um fora do namorado, pois o cara está prestes a casar com essa “amiga”. Obviamente Park Gae In expulsa a criatura de casa, mas eis que surge um problema: ela precisa de dinheiro pra pagar as contas. Contas essa que aumentam, graças a um “amigo” que lhe dá um calote e foge, deixando-a endividada. Pois é, só acontece desgraça com a coitada.

Mas é só em meio a esse turbilhão de drama que surge o Jin Ho em sua vida.

Em sua busca por uma nova companheira para dividir a casa e as despesas, ela acaba aceitando Jin Ho para morar na Sanggojae (nome da casa onde Gae In mora). Mas claro, ela só o aceitou em sua residência por achar que ele fosse gay. Alguns momentos engraçados fazem com que ela tenha certeza sobre a sexualidade do seu novo colega. E Jin Ho acaba deixando com que Gae In pense isso. No entanto, Jin Ho tem segundas intenções ao querer morar com a mulher esquisita que ele havia conhecido por um acaso. Ele é arquiteto e está envolvido em um projeto que teria como base/inspiração a Sanggojae.


As situações que surgem quando eles dividem a casa são as melhores, mais engraçadas e mais fofas. Park Gae In é totalmente bagunceira, sem higiene, sem senso de moda e Jin Ho é perfeccionista, se veste impecavelmente, e não consegue viver em uma casa suja e desarrumada. Assim, acaba nascendo uma amizade entre os dois, um companheirismo lindo de se ver que é impossível não babar na tela. Ai você fica rezando pra que o Jin Ho assuma que gosta de mulher.

Park Gae In pode parecer bem irritante no começo, mas depois você se afeiçoa a ela. Por mais que ela tenha uma autoestima baixa, não se valorize, seja super inocente e sofra como o diabo, ela é tão fofa e tão carismática, que é impossível não amá-la. Aliás, é uma das personagens doramáticas femininas que eu mais amo, mesmo ela tendo todas as características que eu odeio numa mulher. Acredito que o mérito seja da atriz, que conseguiu dar um toque especial a personagem.

Jin Ho é interpretado pelo meu ator coreano favorito; Lee Min Ho. Então eu sou suspeita pra falar dele. Mas esse foi um dos melhores personagens dele. Mesmo que o Jin Ho tivesse coisas irritantes também, ele era um amor e engraçado, sem tentar ser engraçado.


A vilã era a amiga que casou com o namorado da Park Gae In. Teoricamente, o cara também era pra ser um vilão, mas quer saber? Eu me afeiçoei a ele. Já a vilã, eu queria matar, estrangular, dar uns belos tapas e afoga-la no mar. Poucas vilãs de doramas conseguiram me irritar tanto.

Outro personagem de destaque era o Diretor Choi. Só assistindo pra entender a perfeição desse homem! Não em termos de beleza, mas em personalidade, carisma e classe.

E para finalizar os personagens, dois dos meus favoritos e que complementavam bastante a veia cômica do dorama; Young Sun (melhor amiga da Gae In) e Sang Joon (melhor amigo do Jin Ho). Eles viraram melhores amigos, Sang Joon fingindo ser gay e ela o tratando como unnie (é uma forma de tratamento em coreano, quando a pessoa se refere a uma amiga muito próxima ou uma irmã mais velha). Sem palavras para descrever o quanto eu amava esses dois.

Retornando aos protagonistas, quero dizer que em termos de romance, foi um dos mais fofos que eu já vi. Dava vontade de apertar, abraçar, esmagar os dois de tanta fofura. Eles tinham química, física e todas as outras matérias. Era de tirar o folego e de se perder em meio a tanto amor.

Por isso, assistam! Vale muito a pena! 

OST de Personal Taste, para quem se interessar em ouvir:




Links para assistir online ou fazer download: sakuraanimesasianloversdramafansfansubanimesxgamesdoramassarang

Por: Mar 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Desejos dos Mortos (resenha)

Desejos dos Mortos
Autoria: Kimberly Derting
Edição: Intrínseca
Nota: 4 estrelas
Sinopse: Enquanto tenta manter seu segredo, Violet, involuntariamente, torna-se objeto de uma perigosa obsessão. Seu primeiro impulso, como sempre, seria pedir ajuda ao melhor amigo, Jay – porém, agora que os dois são um casal, as coisas não funciona mais assim. Ele passa cada vez mais tempo com um novo colega, Mike, e Violet tem oportunidade de sobra para pensar e repensar sobre o que, afinal, está fazendo seu namoro dar errado. É então que ela se dedica a investigar a vida do récem-chegado Mike, e diante da trágica história familiar do garoto Violet se depara com uma verdade capaz de colocar todos eles em extremo perigo.

Contracapa: ''Violet entrou sem avisar. Estava preocupada demais para se importar se alguém poderia vê-la. O som suave das harpas ficou mais forte, até as vibrações se tornarem praticamente dolorosas, e Violet percebeu que estava trincando os dentes.
Era convidativo, aquele eco... aquela morte.
E Violet estava muito perto.''

Avaliação: Violet Ambrose e Jay Heaton voltam neste segundo volume e mais um assassinato ocorre, mas desta vez numa cidade próxima e em nada tem haver com as mortes anteriores.

O mais explorado neste livro, em minha opinião, não foi o assassinato, como havia sido no anterior, e sim seu dom, que parece ser mais do que pensávamos que era no primeiro volume.

E na verdade, não se trata de apenas um homicídio, descobriremos outra história onde também há mortes. Acho que fizeram isso para compensar o fato de o assassinato que deveria ser a parte principal não nos envolver tanto como aqueles que ocorreram em Ecos da Morte.

Seu dom foi descoberto por Sara Priest, que alega pertencer ao FBI. Rafe, um garoto misterioso, aparece junto com Sara FBI e parece que os dois vieram para ficar.

Fiquei muito curiosa a respeito de Rafe e de Sara, acredito que serão personagens muito importantes nos próximos livros.

Chelsea, amiga de Violet, apaixona-se por Mike, o garoto novo, que se torna amigo de Jay. É interessante ver Chels apaixonada. Lembram-se dela no primeiro livro?

Apesar de apaixonada é bem maléfica e faz coisas que me fazem sentir pena de Mike e de outras pessoas.
Neste volume além dos assassínios, do FBI e de certas mudanças nas personagens, temos uma pessoa louca que fica ameaçando a vida de Violet.

Descobrimos aqui também que Violet é mais ciumenta do que pensávamos ser no primeiro livro e bastante imprudente. Senti certo abalo de confiança em relação ao casal principal que me irritou bastante. Apesar disso, eu gostei deste volume, pois certos elementos foram acrescentados que me animaram, como o FBI e Rafe.

''Sabia que estava sendo irracional, mas não conseguia se conter. Cruzou os braços sobre o peito quando pararam no que só podia ser a casa de Mike... Sem imaginar a ira contra ele, Jay a deixou, subiu a varanda curta em dois passos longos e bateu à porta da frente. Quando ela foi aberta, desapareceu lá dentro. Apenas quando estava sozinha parou para prestar atenção aos arredores, à casa velha onde o novo namorado de Jay morava.''

Espero ansiosa para o próximo livro. Sinto que a vida de Violet mudará mais ainda. Tenho curiosidade para saber como Jay e Vi sustentarão o relacionamento, pois acho que nas próximas continuações pode haver mais abalos, mais brigas e não sei se o amor deles conseguirá superar.


Desejos dos Mortos tem uma linda capa e além do alto relevo, possui uma textura diferente. As folhas, as letras e o preço são semelhantes as do volume 1 (Ecos da Morte).


Por: Mel

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Ecos da Morte (resenha)

Ecos da Morte
Autoria: Kimberly Derting
Edição: Intrínseca
Nota: 4 estrelas
Sinopse: Violet Ambrose tem dois problemas – o dom mórbido e secreto que carrega desde a infância e Jay Heaton, seu melhor amigo, por quem está apaixonada. Aos dezesseis anos e confusa com os novos sentimentos em relação a Jay, ela começa a ficar cada vez mais incomodada com sua estranha habilidade – Violet encontra cadáveres. Desde pequena ela percebe os ecos que os mortos deixam neste mundo. Ruídos, cores, cheiros. Mas não todos, apenas os das vítimas de assassinato. Para ela, isso nunca foi um grande talento. Na maioria das vezes, tudo o que encontrava eram pássaros mortos, deixados para trás pelo gato da família. Mas, agora que um serial killer está aterrorizando a pequena cidade onde mora e os ecos das garotas assassinadas a perseguem dia e noite, Violet se dá conta de que talvez seja a única pessoa capaz de detê-lo. Em pouco tempo ela estará no rastro do assassino. E ele, no dela.

Contracapa: ''Violet parou o jet ski e se levantou para enxergar o fundo do lado. Uma luz matizada parecia irradiar embaixo d'água, surgindo de um ponto entre o junco e se propagando ao alcançar a superfície. Ela nunca tinha visto nada parecido, e sabia que o espectro de luz desafiava a própria natureza ao se comportar daquele jeito.

Aquilo só podia significar uma coisa.

Havia um morto ali embaixo.''

Avaliação: Você já imaginou sobre a morte? Não uma morte qualquer, mas uma brutal, um assassinato?

Violet Ambrose é afetada por este tipo de mortes. Ela tem o dom de perceber seus ecos e suas marcas, consegue encontrar vítimas e seus assassinos ficam marcados para sempre. Estes ecos e marcas estão relacionados aos 4 sentidos: visão, paladar, olfato e audição.

''E então, outro som. Algo que ela não conseguia identificar. Ainda.
Era suficiente familiarizada com o significado desse ruído novo e inapropriado. Ou ao menos com o que ele representava. Ouvia sons, desse modo, ou via cores, ou sentia cheiros havia anos. Desde sempre.
Ecos, era como os chamava.''

Jay Heaton é seu melhor amigo desde criança. Agora, na adolescência, Violet descobre-se apaixonada por ele e percebe que não é a única, visto que praticamente todas as garotas parecem estar afim de Jay.

Ele sempre soube do dom estranho de Violet e jamais a julgou por isso, muito pelo contrário, estava sempre com Vi atrás de uma nova aventura envolvendo animais assassinados.

O foco deste livro não é o romance em si, e sim as mortes que ocorrem em sua pequena cidade. Neste primeiro volume temos um serial killer que mata garotas jovens e Violet sente seus ecos, sente-se atraída por eles e acaba se envolvendo.

É uma história bem interessante, embora não seja meu estilo preferido de livro. Não é um livro de humor, infelizmente, mas há algumas partes engraçadas. Adoro a amiga de Vi, a Chelsea.

O romance entre Jay e Violet é lindo, pois eles sempre foram amigos e era uma coisa meio na cara, todos sabiam que um dia eles iriam namorar, só não a Violet.

A narração é em terceira pessoa e alguns capítulos são narrados pelo ponto de vista do assassino. As partes do assassino são meio tensas, mostra seu lado doentio e as ''caçadas''.

A linguagem é simples e de fácil compreensão. Às vezes você irá se pegar sorrindo, como eu, com a fofura de Vi e Jay. Também irá querer estrangular os dois por certas atitudes e irá se afligir em certos momentos.

Ecos da Morte tem uma capa linda e com um certo alto relevo. As letras são de um tamanho normal e fácil de ler. As folhas não são nem amareladas e nem brancas. O livro não custou os meus rins. Na verdade, não é um livro caro, algo em torno de uns 25 reais e menos se estiver em promoção. Vale a pena!

''Jay balançou a cabeça, ainda olhando intensamente para ela.
— Nem vou notá-la. Não vou conseguir tirar os olhos de você.
Violet ficou feliz por já estar sentada, pois as palavras de Jay a deixaram fraca e inquieta. O canto de sua boca se ergueu com satisfação.
— Não, se depender de mim, não vai mesmo — ela respondeu.''

Por: Mel

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Laranja Mecânica (resenha)


Laranja Mecânica
Autoria: Anthony Burgess
Edição: Aleph
Nota: Cinco estrelas
Sinopse: Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de "1984", de George Orwell, e "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, "Laranja Mecânica" é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick é uma obra marcante: depois da sua leitura, você jamais será o mesmo.
Agora em nova tradução brasileira.

Avaliação: Um clássico um tanto bizarro e realista. E por mais que esses dois adjetivos pareçam se contrapor, não consigo pensar em nada melhor. A obra de Anthony Burgess foi adaptada para o cinema por Stanley Kubrick. Nunca assisti ao filme, mas sei que com exceção do final, é bem fiel ao livro.

A história conta a vida de Alex DeLarge, líder de uma gangue de adolescentes que tocam o terror na cidade. A narração é em primeira pessoa, portanto, nós temos todo o desenrolar dos fatos pelo ponto de vista de Alex.

O motivo de tanta violência? Diversão. A história é passada num futuro desconhecido, onde se mata, estupra, rouba. Por nada. Uma sociedade corrompida, onde os jovens não respeitam os mais velhos.
Agora eu preciso ser bem sincera. Já li milhões de resenhas de Laranja Mecânica, onde as pessoas escrevem como se fosse o melhor livro já escrito. Nunca li nenhuma fazendo uma crítica mínima que seja. E o que eu vou dizer a seguir, não é uma crítica, mas um conselho que eu nunca vi ninguém dar a respeito dessa obra.  Anthony Burgess não escreveu com o intuito de lhe agradar, de divertir o leitor. Portanto, se você gosta de livros como forma unicamente de entretenimento, nem perca seu tempo com este. Você vai achar uma droga. Uma amiga minha que assistiu ao filme disse que detestou. Se ela detestou o filme, que é algo mais fácil de entreter, imagine se ela lesse.

Laranja Mecânica é uma crítica. Uma crítica a politica, a sociedade, a psicologia, ao ser humano. E é uma crítica brilhante. Todas as questões são atuais, o que me levou a pensar que a sociedade anda ferrada há muitas décadas e muitos séculos, talvez. Não espere lições de vida. Se houve alguma, eu não captei. E se você leu e captou, me diga.

Não digo que me apaixonei pelo Alex, mas por pior que ele seja, é quase impossível não amá-lo. Houve momentos em que eu o achava tão inocente. Mesmo ele tendo maltratado velhinhos, estuprado meninas e matado inocentes, de alguma forma, você se apega ao protagonista.

O livro é dividido em três partes. A primeira conta as loucuras, violências praticadas pela gangue do Alex e o dia a dia dele e dos seus amigos, até o dia em que o protagonista é preso. A segunda parte é onde, na prisão, Alex é apresentado ao tratamento Ludovico, que promete “curá-lo” de toda a maldade que possui dentro de si. Transformá-lo num sujeito apto a viver em sociedade, sem praticar violência. A terceira parte conta os efeitos desse tratamento e suas consequências.

No futuro incerto onde a história se desenvolve, os adolescentes usam uma linguagem chamada nadsat. Por ser narrado por Alex, há muitas gírias estranhas que ele e seus amigos utilizam. No começo, é impossível não estranhar e ficar indo ao final do livro olhar o dicionário. Depois de um tempo, você se acostuma e aquelas palavras estranhas não te incomodam mais. Dá pra entender mesmo que você não saiba um significado ou outro.

Agora uma dica: se você não curte clássicos, mas quer começar a ler alguns, não comece por Laranja Mecânica.


Minha edição é aquela em homenagem aos 50 anos da história. Capa dura, cheia de informações adicionais por dentro, uma folha diferente, provavelmente mais cara e várias ilustrações. As letras são de um tamanho ótimo e fácil de ler. A edição custou apenas os meus rins, mas valeu a pena. 

Por: Mar


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Apresentação


Olá! Seja muito bem-vindo ao nosso blog!
Somos duas irmãs, a Mar e a Mel. Iremos publicar aqui resenhas de livros, filmes, séries e animes que lemos ou assistimos. E quem sabe até algumas outras coisas que gostamos ou achamos que vale a pena comentar aqui.
Então, se você é um amante literário que nem a gente e deixa muitas vezes parar dormir quando o sol está nascendo, pois estava terminando de ler um livro, você chegou ao lugar certo!
Esperamos que curtam, comentem e participem.

por; Mar e Mel.
créditos da imagem: weheartit
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